Lúpus: conheça substâncias e formas naturais de combater os sintomas

Quem sofre de lúpus, está sempre em busca de soluções para avaliar os sintomas. Isso porque eles são bem desagradáveis e algumas vezes até incapacitantes, impedindo o paciente de executar as atividades do dia a dia. O problema é que muitas vezes, os medicamentos prescritos podem trazer efeitos colaterais indesejados. Mas atualmente, substâncias naturais aliadas a mudanças no estilo de vida podem melhorar muito a qualidade de vida dos portadores de lúpus. Nesse blog post você vai saber mais sobre essa doença e o que fazer para mantê-la sob controle.
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Quem sofre de lúpus, está sempre em busca de soluções para avaliar os sintomas. Isso porque eles são bem desagradáveis e algumas vezes até incapacitantes, impedindo o paciente de executar as atividades do dia a dia.

O problema é que muitas vezes, os medicamentos prescritos podem trazer efeitos colaterais indesejados.

Mas atualmente, substâncias naturais aliadas a mudanças no estilo de vida podem melhorar muito a qualidade de vida dos portadores de lúpus.

Nesse blog post você vai saber mais sobre essa doença e o que fazer para mantê-la sob controle.

O que é o lúpus?

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O lúpus é uma doença autoimune crônica na qual o sistema imunológico ataca os órgãos e tecidos saudáveis do corpo. A doença causa altos níveis de inflamações persistentes, o que pode afetar negativamente quase todas as partes do corpo: o coração, as articulações, o cérebro, os rins, os pulmões e as glândulas endócrinas, por exemplo. É também chamado de LES, que significa Lúpus Eritematoso Sistêmico.

Sinais e sintomas comuns de lúpus incluem fadiga, dores de cabeça, dor nas articulações, insônia, problemas gastrointestinais e erupções cutâneas.

São necessários muitos anos para que pacientes com lúpus sejam diagnosticados com precisão, deixando às vezes que os pacientes recebam várias prescrições repetidas vezes que não parecem resolver o problema.

Hoje, os medicamentos convencionais para o lúpus incluem drogas corticosteroides, analgésicos anti-inflamatórios não esteroidais, medicamentos para a tireoide e até drogas sintéticas de reposição hormonal – que ajudam a diminuir a inflamação, mas podem causar muitos efeitos colaterais indesejáveis e até mesmo problemas de saúde a longo prazo.

Felizmente, substâncias naturais para o lúpus, incluindo suplementos, exercícios e uma dieta saudável rica em alimentos anti-inflamatórios, podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a função imunológica geral, sem aumentar o risco de complicações.

O que causa o lúpus?

A causa exata ainda não é totalmente aceita pela comunidade médica atual, mas os pesquisadores sabem que a genética e o estilo de vida desempenham um papel no desencadeamento das inflamações. Veja:

Fatores de risco para lúpus incluem:

– Ter suscetibilidade genética e histórico familiar de lúpus ou outras doenças autoimunes;

– Ser do sexo feminino (90% de todos os pacientes com lúpus são mulheres);

– Estar entre a idade de 15 a 45 anos;

– Ser de ascendência afro-americana, asiática ou indígena; essas etnias desenvolvem lúpus duas a três vezes mais do que os caucasianos;

– Ter uma dieta pobre e com deficiências nutricionais;

– Ter problemas gastrointestinais, incluindo síndrome do intestino gotejante;

– Ter alergias e sensibilidade alimentar;

– Estar exposto à toxicidade;

– Ter histórico de infecções e outros distúrbios autoimunes

Tratamento Convencional do Lúpus: Riscos e Efeitos Colaterais

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O lúpus geralmente é tratado por médicos convencionais e reumatologistas com uma combinação de prescrições e mudanças no estilo de vida.

Os remédios mais frequentemente usados para gerenciar o lúpus incluem:

– Medicamentos imunossupressores: Estas prescrições incluem ciclofosfamida (Cytoxan®), metotrexato (Rheumatrex®) e belimumab (Benlysta®). Eles são usados para ajudar a controlar a inflamação e o sistema imunológico hiperativo.

Essas drogas imunossupressoras reduzem a capacidade do corpo de combater infecções e vírus e podem até aumentar o risco de câncer. Elas também causam efeitos colaterais incluindo problemas renais, problemas na bexiga, perda de cabelo, danos aos pulmões, pancreatite e uma forma alérgica de hepatite, além de piorar a sensibilidade ao sol.

– Droga antirreumática: Uma medicação usada pela primeira vez para malária, a hidroxicloroquina (Plaquenil®) é usada para tratar a artrite reumatoide, alguns sintomas de lúpus, artrite infantil e outras doenças autoimunes.

– Analgésicos anti-inflamatórios não esteroides: Os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides podem ser causadores de dependência e podem causar efeitos colaterais, incluindo danos nos rins e ao fígado.

– Esteroides: Estes podem incluir prednisona e hidrocortisona, que são usados para reduzir o inchaço, dor, erupções cutâneas e inflamação. Eles podem causar muitos efeitos colaterais incluindo ganho de peso, alterações hormonais, acne, maior risco de perda óssea e alterações de humor, como irritabilidade, agitação, excitabilidade, insônia ou depressão.

– Medicações para pressão sangüínea e anticoagulantes: são usadas para tratar problemas de coagulação do sangue e alterações da pressão sanguínea. Os efeitos colaterais podem ser fatais e incluem sangramento aumentado, pressão arterial baixa, fraqueza e problemas cardíacos.

– Hormônios sintéticos e pílulas anticoncepcionais: Algumas vezes usados para regular os hormônios e combater os efeitos colaterais de outros medicamentos, podem aumentar o risco de endometriose, problemas de coagulação do sangue, ganho de peso e muito mais.

Mas o que fazer?

Com tantos efeitos colaterais muitas pessoas buscam alternativas naturais e mudanças do estilo de vida. Saiba mais:

1- Dieta anti-inflamatória

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Pesquisas publicadas em WebMed, mostram que uma dieta saudável e não processada é muito importante para o controle do lúpus, pois ajuda a controlar a inflamação decorrente da má saúde intestinal, reduz o risco de complicações como doenças cardíacas, ajuda a fortalecer a energia e reduz os efeitos colaterais dos medicamentos.

Os melhores alimentos para o combate ao lúpus incluem:

– Peixes selvagens: fornecem gorduras ômega 3 para ajudar a reduzir a inflamação, o risco de doenças cardíacas e a dor. As fontes incluem salmão selvagem, sardinha, arenque, cavala e atum. Essas informações foram publicadas no site WebMed.

– Alimentos orgânicos não processados: ajudam a reduzir a exposição a aditivos sintéticos, toxinas ou pesticidas em alimentos não orgânicos;

– Vegetais crus: reduzem a inflamação e melhoram a digestão;

– Alimentos com alto teor de antioxidantes (verduras e frutas): incluem folhas verdes, alho, cebola, aspargos, abacate e frutas vermelhas. Estes alimentos são ricos em fibras, vitamina C, selênio, magnésio e potássio e podem ajudar a prevenir danos causados pelos radicais livres, reparar possíveis danos às articulações e reduzir a fadiga;

E mais:

Certos alimentos também podem ajudar a aliviar a irritação e a secura da pele, que é muito comumente associada ao lúpus.  Entre os alimentos que ajudam a hidratar a pele de dentro para fora estão:

– Nozes e sementes como chia, nozes e amêndoas (também grandes fontes de fibras e ômega-3);

– Peixes selvagens como atum, sardinha e arenque (fontes de ômega 3);

– Abacate;

– Óleo de coco e azeite;

– Água, chá de ervas e chá verde

2 – Prática de exercícios físicos

De acordo com um estudo publicado no “Journal of the Arthritis Health Professionals Association”, fazer exercício físico reduz o estresse, ajuda na qualidade do sono, fortalece o coração e os pulmões, fortalece os ossos, reduz a dor nas articulações, melhora a flexibilidade e a amplitude de movimento.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Atividade Física e Ciências do Esporte na Espanha, descobriu que “o exercício físico é uma ferramenta útil para melhorar a aptidão cardiovascular, reduzir anormalidades metabólicas e fadiga e melhorar a qualidade de vida em pessoas com lúpus”.

Mas atenção! Como o lúpus pode causar fadiga crônica, desequilíbrio eletrolítico e anemia, é crucial começar devagar e não exagerar. Dê a si mesmo um descanso suficiente entre os treinos para se recuperar.

As atividades que podem ser benéficas para as pessoas com lúpus incluem cerca de 20 a 30 minutos dos seguintes exercícios: caminhada rápida, natação, hidroginástica, tai chi, yoga, ciclismo ou pilates.

3 – Redução do estresse

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Uma pesquisa publicada pelo Instituto Nacional de Artrite e Doenças Musculosqueléticas e da Pele, mostra que o estresse psicológico e emocional pode desencadear o lúpus (e outras doenças autoimunes) ou provocar um surto de lúpus, aumentando as respostas inflamatórias.

O lúpus eritematoso sistêmico também pode ser muito imprevisível e causar alterações no sistema nervoso central, o que leva a altos graus de sofrimento psicológico e ansiedade. Estas informações são do “Serviço de psicopatologia de infância e adolescência e psiquiatria geral” de Paris, na França.

O ideal é que você procure uma atividade relaxante que lhe dê prazer. A meditação, a yoga e a acupuntura são modalidades de tratamento que valem a pena considerar, uma vez que possuem inúmeros benefícios para o corpo e para a mente.

Outras maneiras de ajudar a lidar com o estresse incluem passar tempo na natureza, fazer técnicas de respiração, exercícios,  manter um diário, ler, entrar para um grupo de apoio, ver um terapeuta e usar óleos essenciais para a ansiedade.

4 – Dormir e descansar bem

Estudos publicados no “International Journal for Clinical Rheumatology” mostraram que 53% a 80% dos pacientes com lúpus identificaram a fadiga como um dos principais sintomas. Por isso é importante tomar medidas para garantir que você tenha uma boa qualidade de sono todas as noites e que também descanse durante o dia.

A maioria das pessoas com lúpus precisa dormir pelo menos de oito a nove horas todas as noites, e algumas precisam tirar uma soneca durante o dia se sentir bem.

5 – Proteger a pele

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De acordo com o Departamento de Dermatologia de Medicina Avançada da Philadelphia (EUA), o lúpus eritematoso cutâneo engloba uma ampla gama de sintomas dermatológicos. Estudos mostram que até 90% das pessoas com lúpus desenvolvem erupções cutâneas, incluindo uma que cobre as bochechas e o nariz.

Erupções cutâneas associadas ao lúpus são causadas por uma resposta inflamatória. Por isso é importante proteger a pele sensível dos agentes causadores da irritação e também do sol (caso a pele mostre sinais de erupção cutânea, urticária ou vermelhidão).

Certos produtos químicos como loções, detergentes e maquiagem podem piorar a inflamação da pele, o ressecamento e a coceira.

6 – Use suplementos

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Suplementos que podem ajudar a reduzir as deficiências nutricionais e diminuir a inflamação incluem:

– Ômega-3: é fundamental para reduzir as inflamações. Um estudo em camundongos fêmeas descobriu que o consumo de DHA (ácido docosahexaenoico) interrompeu os sintomas de lúpus desencadeados pela sílica cristalina em 96%. Esta foi a conclusão de pesquisadores da Michigan State University (EUA).

– Vitamina D3 (2.000 a 5.000 UI por dia): pode ajudar a controlar o sistema imunológico e reduzir a depressão e a ansiedade. Também é importante para o equilíbrio hormonal e a saúde óssea, juntamente com o cálcio. Dados da Universidade da Califórnia (EUA).

– Cúrcuma: funciona de forma semelhante às drogas esteroides usadas para combater a inflamação e a dor

7 – Evite alguns alimentos

Alguns alimentos podem contribuir para o lúpus e piorar os sintomas da doença autoimune. Evite: glúten, gordura trans, açúcar, alimentos ricos em sódio, álcool e muita cafeína.

Também é muito importante evitar fumar cigarros e usar drogas recreativas. Isso pode piorar significativamente as lesões pulmonares e as inflamações, levando a complicações, como infecções.

Se você conhece alguém com Lúpus, passe esse conteúdo adiante, afinal compartilhar saúde e qualidade de vida é Vital!

Referências:
Ramsey-Goldman, R., Schilling, E. M., Dunlop, D., Langman, C., Greenland, P., Thomas, R. J., & Chang, R. W. (2000). A pilot study on the effects of exercise in patients with systemic lupus erythematosus. Arthritis & Rheumatism, 13(5), 262–269.
Ayán, C., & Martín, V. (2007). Systemic lupus erythematosus and exercise. Lupus, 16(1), 5–9.
Ahn, G. E., & Ramsey-Goldman, R. (2012). Fatigue in systemic lupus erythematosus. International Journal of Clinical Rheumatology, 7(2), 217–227.
Lane, N. E. (2010). Vitamin D and Systemic Lupus Erythematosus: Bones, Muscles, and Joints. Current Rheumatology Reports, 12(4), 259–263.

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